28 de outubro de 2010

A PROFECIA


A proximidade da chegada de Paul McCartney ao Brasil traz a possibilidade de relembrarmos de uma de suas canções compostas ao lado de Lennon: “Helter Skelter”. A polêmica canção, que era pra ser “apenas” a precursora do que mais tarde viria se transformar no Hard Rock/Heavy Metal dos anos 70, caiu na mente perigosa de Charles Manson e gerou a interpretação de que a canção faria profecias de uma apocalíptica guerra racial.

Na própria fala de Paul , no projeto “The Beatles Anthology": "Manson nos interpretou como ‘os quatro cavaleiros do Apocalipse.’ Eu ainda não entendo qual foi a jogada; é sobre a Bíblia, Revelação – Eu não li então eu não sei. Mas ele interpretou a coisa toda. Nós éramos os cavaleiros, Helter Skelter era a mensagem, e ele achou que podia sair e matar todos por aí.".

Em 9 e 10 de agosto de 1969, a Família Manson, como era conhecido o grupo de pessoas simpatizantes da interpretação de Charles, cometeu a chacina Helter Skelter, termos escritos com o sangue das vitimas nas paredes, em Hollywood.

Charles Manson se justifica na corte em novembro de 1970 em ocasião de seu julgamento: “Helter Skelter significa confusão. Literalmente. Não significa Guerra com ninguém. Não significa que eles irão matar outras pessoas. Apenas significa o que significa. Helter Skelter é confusão. Confusão está vindo rápido. Se você não vê que a confusão está vindo rápido, chame do que quiser. Não é minha conspiração, não é minha música. Eu escuto o que relato. Ela diz, ‘Apareça!’ ela diz, ‘Mate!’ Porque me culpar? Eu não escrevi a música. Eu não fui a pessoa que projetou isso na consciência das pessoas." Argumento que ilustra a sua capacidade de persuasão.

O famoso caso e mais chocante de serial killers ocorrido nos Estados Unidos serviu de base para o roteiro que o diretor John Gray que mais tarde o retrata em arte cinematográfica. O filme homônimo a canção aborda os assassinatos cometidos por Charles (interpretado pelo ator Jeremy Davies) e seu grupo de seguidores. O elenco traz ainda Clea DuVall no papel de Linda Kasabian, jovem mãe que resolve se refugiar no grupo hippie de Manson. O grupo hippie conta também com Patricia Krenwinkel (Allison Smith), Susan Atkins (Marguerite Moreau), Squeaky Fromme (Mary Lynn Rajskub), "Tex" Watson (Eric Dane) e Bobby Beausoleil (Michael Weston).

Charles, após ter fracassado na tentativa de espalhar a sua filosofia apocalíptica por meio de canções, resolve então liderar o grupo que comete os assassinatos mais frios e cruéis vistos naquela região. O psicopata não sujava suas mãos, pois era tão persuasivo que fazia com que seus seguidores executassem todas as suas “tarefas”.

Vale lembrar que o assassino Charles Manson, no qual o filme se inspirou, encontra-se até hoje na Corcoran State Prison, na Califórnia, em uma unidade especial de isolamento da penitenciária, junto com o assassino de Robert Kennedy, Sirhan Sirhan, que também cumpre prisão perpétua. Sua última tentativa em audiência, negada, foi em 2007. A próxima será em 2012.

Veja a baixo foto do grupo de atores que interpretaram os seguidores de Manson no filme, lembrando que a classificação indicada é de 15 anos e link para canção do Beatles:

Helter Skelter, by Paul: http://www.youtube.com/watch?v=ZV18scOsX54&feature=related


Ana Carla Bellon

24 de outubro de 2010

     

MADAME BOVARY

      O próximo encontro de estudos dos membros do Projeto Literatura e Cinema na Formação Humana será na segunda-feira dia 25/10, quando discutiremos o livro de Gustave Flaubert, Madame Bovary de 1856, e sua adaptação cinematográfica homônima do diretor Claude Chabrol, de 1991.

       O livro é considerado um dos grandes representantes do chamado realismo (me refiro a chamado por conta da polêmica em torno de tal conceito) representado por Flaubert, e nos apresenta uma trama onde Emma Bovary aparece entediada com a vida que leva, e para superar essa situação lê diversos romances, trai e, talvez consequentemente, passa a ter aversão pelo marido.

       As minuciosas descrições acerca dos locais habitados por Emma, como quando ela redecora a casa do viúvo, agora seu marido, Charles, ou mesmo das situações, como o vestido e a festa de seu casamento, aparecem como um dos motivos pelos quais se atribui ao livro o caráter realista. 

      De acordo com Ian Watt , em A Ascensão do Romance, essas descrições minuciosas poderiam funcionar como um modo de atenuar o individualismo da situação vivida pela personagem, o que, em suma, é o grande diferenciador do romance quando comparado com as narrativas anteriores a ele – que se focavam em tramas comuns.

     Assim, certamente, podemos apenas com essas breves observações acerca do realismo, criar uma boa proposta de debate acerca dessa obra. Discussão essa que contará ainda com a análise de uma adaptação cinematográfica do livro, suscitando as dúvidas acerca da transposição dessas situações tão bem apresentadas na obra literária para o cinema.

Katrym

22 de outubro de 2010

A Revolução Musical

 

       “Se o rádio não toca a música que você quer ouvir, não procure dançar ao som daquela antiga valsa, é muito simples, é só mudar a estação”. A máxima profética de Raul Seixas já pregava nos anos 80 a liberdade que vinte anos depois chegaria com a internet e tiraria as correntes dos consumidores de música e o sono dos executivos das grandes gravadoras.

       A “revolução digital” na música esta aí pra todo mundo “ouvir”, graçashand-with-reflecting-ipod a internet estamos livres das mídias. Já é fato, o formato CD está moribundo e muito em breve se reunirá com seus falecidos amigos, LP e K7. A indústria da música como seus olhos de cifrão, não acompanhou a evolução desse conceito de liberdade.

       Quando surgiu a cultura de se ouvir música além do rádio, no início do século XX, também veio a necessidade de se armazená-la . Então foram produzidos os primeiros discos de vinil de 78 rpm, e mais tarde quando a indústria musical tornou-se um grande negócio, foi que os papéis se inverteram, ou seja, o produto que era a música passou para segundo plano, dando lugar ao meio no qual ela seria distribuída e assim, “casando” por um bom tempo a música e a mídia física.

      Do vinil de 78 rpm, para o de 45 rpm, ainda com o de 33 rpm, passando depois pelo K7 e chegando ao CD, a indústria obrigou os consumidores a consumir suas mídias e de tempos em tempos trocá-las além de trocar também os aparelhos que as reproduziam, em nome da qualidade que as novas tecnologias traziam. E é essa mesma tecnologia que está decretando o fim desse sistema.

      Pois o próximo passo na evolução da música como produto, não foi dado pela indústria e sim pelo consumidor. Ao criar o formato MP3, e desvincular da música a necessidade da distribuição por algum meio físico, os consumidores finalmente tornaram se “livres”. Só com a troca de músicas pela internet consolidada, que as gravadoras se renderam ao formato digital, devolvendo à música em si o lugar de produto, agora se percebe o quanto sempre nos custou, o disco propriamente dito, com músicas sendo vendidas por menos de um real.

      A revolução digital trouxe a facilidade de distribuição, é enorme o número de artistas que estão podendo mostrar o seu trabalho graças à internet. Trazendo à tona o conceito de single, que há tempos estava esquecido, o artista disponibiliza uma música avulsa sem precisar de uma gravadora, ou até da gravação de uma álbum com várias faixas. São várias as bandas e cantores que são “crias” desse mundo digital

     Sabendo que a maior parte da renda de um artista vem dos shows que promove e não dos discos que vende, a internet passa ser uma grande vitrine para se conhecer novos talentos e assim alavancando a carreira dos artistas, sem a necessidade desses serem um fenômeno de vendas. As gravadoras por sua vez, têm casa vez mais a ânsia de fabricar sucessos, com artistas fajutos e medíocres, ganhando dinheiro com “jabás” para rádios e TV’s e ainda com a venda de discos para a massa em geral, que não se enquadra no termo de consumidor de música, pois ouve indistintamente o que toca no rádio ou o que vê na TV fechando assim o ciclo.

     Na realidade a o contato com a música ficou mais fácil, a “culturaiPod” é um fenômeno mundial, incluindo sim, o Brasil. Aqui, os mp3 players já são uma realidade, é só dar uma volta pela sua cidade e comprovar. Outro fator relevante é que por mais que a internet de alta velocidade nas residências não esteja tão difundida como os players, há de se contar o fato da banda larga estar presente no trabalho dessas pessoas, tornando assim possível a aquisição dessas músicas e a troca delas com amigos, alastrando a distribuição.

     O que se pode esperar dessa nova maneira de se consumir música, é sem dúvida uma crescente democratização da experiência musical, pois antes de tudo música é cultura, e sabemos que cultura nunca é demais, pois citando novamente nosso saudoso Raul Seixas, a vida é mais que “sentar num trono de apartamento com a boa escancarada cheia de dentes esperando a morte chegar” .

 

Kleber Bordinhão

18 de outubro de 2010

Tropa de Elite II - a redenção

Apesar da última postagem do blog ter sido sobre o Tropa de Elite II, não pude deixar de prolongar um pouco mais a discussão sobre o filme, tamanha a repercussão deste na mídia, seu apelo comercial e o sucesso de alcance entre a população de modo geral.
Como já citado no texto anterior e nos comentários, quem foi ao cinema esperando por ação ou por cenas de violência constantes, como aquelas que estampam todos os dias os jornais sensacionalistas que derramam sangue saiu decepcionado ou, espera-se, tenha aproveitado o gasto com a entrada para (re) pensar sobre a temática do longa.
Além das questões referentes a produção, que já foram bem analisadas aqui, é preciso atentar para a densidade com que o filme se propôs a tratar a problemática do tráfico, desta vez não tratando-o como um problema isolado, passível de ser resolvido através da ação de um grupo de policiais treinados para eliminar um dos “males” que aflige a sociedade.
Vários problemas foram explorados e toda a extensa rede que permeia o tráfico, a favela, a mídia, a polícia, a política, os corruptos, o poder do Estado e os micro-poderes que regem nossas relações em sociedade a todo o momento e o questionamento natural que leva todo ser humano a indagações e crises, como a pelo qual passou o capital Nascimento, que até então parecia um herói de pedra inabalável, e não um homem de carne, osso e sentimentos, são retratados muito bem durante o longa, mostrando o quão complexo e contraditório é o sistema.
Todos os lados foram abordados e não houve uma limitação em estereotipar todos os políticos como corruptos, traficantes como vagabundos e criminosos e a totalidade da polícia como vendida.
Fica muito claro, pelas reações e comentários dos expectadores durante e após a sessão, o quanto as produções cinematográficas tem o poder de suscitar discussões e influenciar estas. Neste sentido, acredito que após a superficialidade da primeira produção, a segunda alcançou a redenção através de uma proposta bem elaborada e produzida.
Amanda

14 de outubro de 2010

Tropa de Elite 2 - cumpre seu papel


Acompanhei de longe o lançamento de Tropa de Elite II, sentindo a necessidade de assisti-lo o quanto antes, para então poder acompanhar algumas críticas acerca do filme. Tentei ao máximo me distanciar do filme, porém, tarefa praticamente impossível, devido a grande enxurrada de notícias da grande mídia. Como um autêntico ladrão de histórias em quadrinhos, assisti o trailer do longa, ali, imaginei o quanto seria problemático escrever apenas sobre o lançamento e a bilheteria do primeiro final de semana de estreia.

Com desconfiança cheguei ao cinema, depois de ouvir tantas histórias sobre a superlotação das sessões, tive medo de não conseguir ingresso para o Tropa de Elite 2, justamente nestes tempos de correrias que antecipam o final de ano letivo. Adentrando a sala, encontrei facilidade em achar uma poltrona, já que a capacidade da sala tinha no mínimo a metade completada. Bem, vamos aos fatos, ou melhor, ao filme.

O ponto alto de Tropa de Elite 2 (se é que ele permite escolher apenas um) é o tom documental empregado no longa-metragem, que certas vezes chega a confundir o espectador com a mensagem inicial na tela - “uma obra de ficção”. O documentário que tantas vezes prestou um grande serviço ao cinema, parecia ser visto na contramão, quando visto como componente dentro de um cinema comercial. Com Tropa de Elite 2, a equação é invertida, o documental empregado na narrativa fílmica se torna mais verosímil com a própria construção do filme todo. Se por um lado, o longa de Padilha tem essa pertinente relação documental, por outro, as filmagens de grande em várias passagens, somadas aos efeitos especiais (principalmente nas cenas de perseguições áreas), conseguem traduzir uma grande evolução no cinema brasileiro. Aqui, cabe um pequeno comentário, a produção cinematográfica nacional, ao largo dos anos tem produzido significativa obras, seja no campo comercial, documental ou mesmo no mercado de curtas e médias metragens, inclusive somando forças no desenvolvimento no campo das animações, aplicando conceitos, que normalmente assistíamos apenas por intermédio de produções hollywoodianas.

Aqui fica um adendo ao staff de Tropa de Elite 2, que conseguiu enaltecer de forma maravilhosa o trabalho de uma equipe com experiência vitoriosa no cinema brasileiro, após o cinema da reabertura – no caso, Fátima Toledo (preparadora de elenco), Lula Carvalho (diretor de fotografia), Daniel Rezende (montagem) e Bráulio Mantovani (roteirista), todos trabalharam em Cidade de Deus (2001).

Já José Padilha se tornou definitivamente, se ainda existia alguma dúvida, um dos nossos maiores diretores de cinema nacional. Se os devidos créditos pela direção de Tropa de Elite I e II chamam atenção para Padilha em salas de cinema abarrotadas de gente pelo Brasil. Tal reconhecimento não é novo, basta verificar que dentro da filmografia nacional da última década, o diretor foi o responsável por dois grandes documentários – Ônibus 174 (2002) e Garapa (2009). Tão diferentes em sua estrutura, como no próprio caso das produções de Tropa de Elite.

No campo das interpretações, grande destaque pela sequência dos atores que interpretam as ações fundamentais longa. Isso provocou uma forte empatia com o espectador, que encontrou nas narrativas em OFF do Coronel Nascimento uma recordação adormecida da primeira sequência de Tropa de Elite.

O sucesso do filme não é mera decodificação dos invariáveis acessos proporcionados pelas mídias. A fórmula do filme de Padilha é trabalhar com muitas questões, que passam pelos campos sociais, políticas e familiares.

Fico com a sensação de dever cumprido ao final da sessão de Tropa de Elite 2 enquanto espectador de cinema. Em tempos de produções altamente comerciais, pode-se dizer que o longa-metragem consegue ser comercial e autoral ao mesmo tempo. E isso, é muito bom.



11 de outubro de 2010

O Cheiro do Ralo



O Cheiro do Ralo é um filme brasileiro de longa-metragem do gênero comédia, produzido e distribuído em 2007, com roteiro baseado no romance homônimo de Lourenço Mutarelli. O Cheiro do Ralo é o segundo filme de Heitor Dhalia, que estreou na direção com o longa Nina. O Cheiro do Ralo entrou em cartaz nos cinemas em 23 de março de 2007, em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Do elenco participam Selton Mello, Silvia Lourenço, Leonardo Medeiros, Flávio Bauraqui, Alice Braga, Milhem Cortaz, Dionísio Neto, entre outros





Para o espectador desavisado o filme retrata uma paixão doentia de um negociante de antiguidades por uma bunda. Mas a história vai muito além desse foco que domina a maioria dos comentários sobre a obra cinematográfica. O Cheiro do Ralo é algo que incomoda, é indigesto, perverso e ainda assim cômico. Não muito diferente do que pode ser encontrado dentro de qualquer escritório, em qualquer canto da cidade. Um cidadão com frustrações psicológicas e amorosas, misturado com ambição pelo poder, toma conta do personagem interpretado por Selton Mello, fazendo dele um anti-herói comovente e vulnerável. Com diálogos sucessivos entre cada negociação, o personagem ouve histórias e vai assimilando-as, como se o mundo fosse construído a partir do que ele ouve, ou do apenas do que ele quer ouvir. O processo de “coisificação” de tudo que ele deseja torna este anti-herói não só interessante, mas também uma janela aberta para a discussão dos conceitos que a sociedade vem adquirindo nessa descentralização da identidade na correria do dia a dia.

Ramon

6 de outubro de 2010

Mar interno


O filme espanhol Mar adentro, de direção de Alejandro Amenábar, trata de um tema muito polêmico: a eutanásia. Ramon Sampedro luta para poder por fim a sua própria vida, situação que não é aceita pela justiça. O personagem permaneceu 28 anos preso a uma cama e sua atitude gera muitas brigas com a igreja, com sua família e com a sociedade em geral.

Ramon luta por uma morte digna e para ter o direito de acabar com seus dramas

internos, muito bem representados no filme. Depois de um acidente em um mergulho, ficou tetraplégico e a partir de então sua vida foi uma briga diária frente aos obstáculos e à sensação de invalidez.

A janela é grandiosamente simbólica e por vezes representa todas as impossibilidades e desafios da vida da personagem central. No início, o espectador é posto na visão do protagonista, isso nos aproxima da sensação ainda mais. A câmera é a responsável por isso e no desenvolvimento do filme este recurso vai ser muito utilizado, pois contribui para acentuar o jogo estabelecido: o dentro e o fora. Ora a visão das pessoas que olham a situação, ora a visão de Ramon.

A história do filme é baseada em fatos reais e recebeu muitos elogios e prêmios da crítica, como o prêmio Goya e o Volpi Cup de melhor ator para Javier Barden, quem interpretou Ramon, além do Oscar e do Globo de Ouro.

“Viver é um direito, não obrigação”, esta frase parece resumir toda a história de maneira magistral. Ela foi dita pelo próprio protagonista quando fez a gravação de despedida de sua vida. A eutanásia, no filme, é justamente isso: viver é uma obrigação? O livre arbítrio permite a eleição do contrário?.

Fica mais esta sugestão!


Ana Carla Bellon

3 de outubro de 2010

PRÊMIO JABUTI

Foi divulgado no dia 01 de outubro o resultado da 52ª edição do já famoso prêmio Jabuti que, através de uma comissão julgadora formada por profissionais de cada área de abrangência do prêmio, elege romances, contos e traduções, além de outras categorias,  como os melhores lançamentos do ano. Já foram contemplados com o prêmio autores como Milton Hatoum, Moacyr Scliar e Cristovão Tezza.

Na categoria romance os premiados foram:

1º - "Se eu fechar os olhos" (Record), de Edney Silvestre
2º - "Leite derramado" (Cia das Letras), de Chico Buarque
3º - "Os espiões" (Objetiva), de Luis Fernando Veríssimo

Já falamos aqui no blog sobre Leite Derramado : http://transtornando.blogspot.com/2009/05/derramado-novo-livro-de-chico-buarque.html

Em crítica e teoria literária a seleção foi a seguinte:

1º - "A clave do poético" (Cia das Letras), Benedito Nunes
2º - "O controle do imaginário e a afirmação do romance" (Cia das Letras), Luiz Costa Lima
3º - "Cinzas do espólio" (Record), Ivan Junqueira

A cerimônia oficial de premiação ocorre em novembro, quando também será  entregue uma homenagem ao escritor que ficar melhor colocado na votação popular nas categorias de ficção e não-ficção, uma novidade no prêmio.