A Arte ( do Latim ARS, significando técnica e/ou habilidade) pode ser entendida como a atividade humana ligada a manifestações de ordem estética, feita por artistas a partir de percepção, emoções e ideias, com o objetivo de estimular essas instâncias de consciência em um ou mais espectadores.
Essa é apenas uma definição genérica sobre um assunto tão vasto, artes plásticas, literárias, cinematográficas, musicais e por aí adiante. Mas mesmo distintas em forma, todas as artes tem em comum o objetivo de sensibilizar o homem, dando vida a imaginação, transcendo a realidade.
Mas a arte diferente do que muita gente pensa não está somente nos espaços acâdemicos, mas sim no cotidiano. Tudo pode virar arte. Só depende de um olhar mais atento.
Tudo começa apenas com uma boa idéia e depois vontade de dar vida a ela.
Como essa é a minha primeira postagem no blog, selecionei um video que representa muito bem essa teoria.
Uma folha em branco, uma boa idéia e muita criatividade. Essas são a matéria-prima da arte.
Simples assim, como a arte!!
Andressa Mariano
14 de junho de 2009
A simplicidade da arte!!
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Marcadores: arte e criatividade
1 de junho de 2009
Entre cores e sons: a televisão com salvação.

A margem de toda esta competição acirrada entre os maiores veículos televisivos brasileiros está a TV Cultura - Fundação Padre Anchieta de São Paulo, retransmitida a todo o país pelas tv´s educativas. Há quarenta anos “a FPA colabora com a cultura nacional e abre caminhos para ensinar, divertir, e cumprir a sua função no desenvolvimento social”.
Dentro da sua grade encontramos programas voltados para todos os públicos: Rá Tim Bum, Cocoricó, Roda Viva, Nossa Língua, Entrelinhas, Zoom, Metropolis, Cine Brasil, entre outros. A Tv Cultura privilegia todas as áreas do conhecimento, seus programas dialogam com a modernidade e com o passado concomitantemente. Assim, faz das suas produções, desde os voltados para o público infantil, interessantes e produtivos para nós adultos. A ampla relação dos programas da emissora com a literatura é algo fantástico, quando tratado do espaço cedido pelas outras. O espaço destinado ao cinema é muito forte, pois, com programas como o Zoom, temos profundidade nas matérias e, também a abertura dos conceitos que normalmente não são mostrados na televisão (roteiros, produções, co-produções), além da exibição de curtas-metragens.
Esta valorização de relacionar as mais significativas áreas da cultura com uma programação voltada para uma televisão aberta, valoriza ainda mais a forma como a TV Cultura se posiciona como divulgadora da arte em um país, em que ela muitas vezes é sucateada entre propagandas intermináveis.
A sugestão do momento é para a série Tudo que é Sólido Pode Derreter, um programa juvenil, produzido pela Ioiô Filmes em parceria com a Tv Cultura e com direção de Rafael Gomes. Abaixo a descrição da série.
Produzida pela Ioiô Filmes em parceria com a TV Cultura, a série é derivada do premiado curta-metragem de mesmo nome, dirigido por Rafael Gomes, que agora adapta a trama para uma construção dramatúrgica em capítulos.
O curta-metragem Tudo o que é sólido pode derreter é uma porta de entrada para o universo shakespeariano. Contando a história de uma garota de 15 anos que tem de estudar a peça Hamlet, de Shakespeare, justamente numa fase em que sua vida está em crise, o filme coloca numa mesma mistura, entre outros, a solidão e a angústia características da adolescência, a vida escolar e a dor da perda de um parente querido – tudo permeado pela descoberta de um clássico da literatura universal.
Assim, o curta acompanha a jornada de iniciação artística de uma garota inteligente e de vibrante vida interior. Conforme começa a compreender as inquietações do príncipe Hamlet, a protagonista passa a compartilhar de suas dores e, a partir delas, aprende a se fortalecer para a vida.
Tudo O Que É Sólido Pode Derreter, o filme, mostra como Hamlet pode dialogar com o público jovem da atualidade, traçando paralelos entre livro e vida e construindo uma crônica juvenil delicada e divertida, que mescla humor e drama para abordar o tema da transição para a idade adulta.
Tudo o Que É Sólido Pode Derreter, a série, visa adaptar essa premissa para uma construção dramatúrgica em capítulos. Terá a mesma jovem do filme como personagem fixa, descobrindo e envolvendo-se, a cada episódio, com uma obra importante da literatura de língua portuguesa, seja ela um romance, uma peça de teatro ou um poema.
Viajando por entre o O Auto da Barca do Inferno, Os Sermões, Os Lusíadas, Canção do Exílio, Senhora, Macário, Dom Casmurro, Ismália, Quadrilha, Uma Aprendizagem ou o Livro dos Prazeres, Quem Casa Quer Casa, O Guardador de Rebanhos e Macunaíma, a série dialoga com o público jovem da atualidade, traçando paralelos entre livro e vida e construindo uma crônica juvenil delicada e divertida, que mescla humor e drama para abordar o tema da transição para a idade adulta.
Durante cada um dos 13 episódios, acompanhamos a aproximação da adolescente à obra em questão, traçando paralelos lúdicos e sentimentais. São amplamente exploradas as possibilidades cênicas e dramáticas do encontro entre a realidade juvenil retratada e o vasto mundo ficcional presente na obra literária.
A série busca equilibrar um tom realista, de observação das dores e alegrias da personagem adolescente, e o lado fantasioso de encontro entre a vida real urbana com todo um universo ficcional distinto, que possibilita à mente jovem ousado voos associativos e imaginativos. Possui um ponto de vista bastante subjetivo. O espectador é sempre guiado pelo olhar da protagonista e a costura entre seu cotidiano e a obra por ela estudada se dá através do seu mundo e de seus sentimentos.
Para acompanhá-la nessa jornada pelo universo literário, Thereza conta com seus amigos Marcos, Letícia e João Felipe, sua rival, Dalila, seus pais, Marta e Décio, e a lembrança de seu falecido tio, Augusto.
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18 de maio de 2009
A "breve" história do século XX.
Uma mistura de fragmentos de imagens, arquivos, cenas de cinema dispostos em uma sequência não linear mostra, de uma maneira surpreendente e inusitada a “breve” história do século XX. Nós que aqui estamos por vós esperamos, foi premiado no Festival de Gramado e no Festival de Recife e dirigido e também produzido por Marcelo Masagão.
Eric Hobsbawm, em seu livro a Era dos Extremos deixa claro a turbulência que foi o século XX, a transformação do “progresso” tão esperado no século anterior em guerras e catástrofes. Essa obra é referência para Nós que aqui estamos por vós esperamos.
Imagens de pessoas famosas, cientistas, líderes, fatos e acontecimentos inesquecíveis se confundem com pessoas desconhecidas e anônimas, com o cotidiano. Essa trajetória busca mostrar o tempo frenético e intenso. O desenvolvimento tecnológico, a industrialização e por conseqüência o surgimento do homem máquina, as guerras e a inevitável desvalorização da vida, a transformação do tempo e do ritmo de vida. Os protestos, as mulheres e o feminismo, o sofrimento e a alegria. Através da micro-história e com a utilização de um discurso pautado em lugares simbólicos o filme cria uma representação caótica do século XX, traduzindo-o perfeitamente.
O título se dá pela frase que fecha o filme, escrita em pequeno cemitério: “Nós que aqui estamos por vós esperamos” demonstrando a fragilidade e instabilidade da vida humana.
Tempo de Duração: 73 minutos.
Ano de Lançamento (Brasil): 1998.
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12 de maio de 2009
"Literatura e Cinema na formação humana" participa do V CIEL

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Marcadores: cinema, extensão, literatura, pesquisa
9 de maio de 2009
"Leite Derramado", novo livro de Chico Buarque
SYLVIA COLOMBO
da Folha de S.Paulo
Um idoso centenário agoniza no leito de um hospital. Às enfermeiras que dele tratam, conta, de modo confuso e algo delirante, a história de sua vida.
A saga de uma família que tem início na corte portuguesa, atravessa os períodos do Império e da República Velha e desemboca nos dias de hoje é o centro do enredo de "Leite Derramado", quarto romance do cantor, compositor e escritor carioca Chico Buarque, 64, que chega hoje às livrarias.
A trama percorre o mapa de um Rio tradicional, revisitado pela reportagem da Folha.
Do ponto de vista estilístico, a prosa de Chico evoca características da narrativa machadiana. O diálogo com o "bruxo do Cosme Velho" foi observado pelo crítico Roberto Schwarz e pelo economista Eduardo Giannetti, que resenharam a obra a convite da Ilustrada.
A inspiração inicial para o livro veio da canção "O Velho Francisco", de 1987. O autor a tinha como esquecida até ouvir uma regravação feita pela cantora Monica Salmaso.
Em 2008, quando o produtor Rodrigo Teixeira o procurou para falar de um projeto em que escritores fariam textos baseados em músicas do cantor, Chico deu o seu aval, mas pediu que "O Velho Francisco" não fosse utilizada, pois com essa ele mesmo já estava fazendo algo. A letra fala das agruras de um ex-escravo, alforriado "pela mão do imperador".
Ao reescutá-la, Chico pensou em escrever a história de um velho. Só que, quando foi pôr mãos à obra, mudou o enfoque. Trocou o ex-escravo por um homem de nobre estirpe. E é por meio dele, Eulálio Montenegro d'Assumpção, o tal moribundo citado acima, nascido em 16 de junho de 1907, que o escritor narra a decadência de determinada elite brasileira.
Daryan Dornelles/Folha Imagem
O cantor, compositor e escritor carioca Chico Buarque, 64, em sessão de fotos realizada em sua casa, no Rio
A questão racial, porém, continuou sendo central na obra. O protagonista casa-se com uma mulata --ainda que finja não percebê-la como tal-- e tem comportamento racista em diversas ocasiões. Aos poucos, porém, os Assumpção vão misturando seu sangue nobre cada vez mais, até que o bisneto de Eulálio nasça negro, algo em que tampouco quer acreditar.
"Leite Derramado" sugere um duplo sentido. O primeiro, mais pontual, refere-se ao abandono de Eulálio pela mulher, Matilde, quando esta ainda amamentava a filha do casal. O segundo indica o significado mais geral da obra --a derrocada fatal de uma casta, tragédia que se mostra irreversível.
Um dos primeiros leitores do texto foi o romancista Rubem Fonseca, que não gostou do título e recomendou que fosse trocado. Chico pensou um pouco, mas não mudou de ideia.
O romance começou a ser escrito em agosto de 2007 e dá vida a objetos e lugares que habitam as lembranças do autor, como aparelhos de vitrola, refrigeradores Frigidaire, colégios para moças, ritmos de época. Sua paixão pelo Fluminense se materializa na figura de Xerxes, um fictício jogador indisciplinado dos anos 50.
História
A reportagem visitou locais nos quais o romance se desenvolve. Vistos hoje, os casarões de Botafogo abandonados, a ocupação desordenada da Tijuca e a explosão imobiliária de Copacabana parecem corresponder à degradação proposta pelo enredo.
Por ser filho do mais importante historiador brasileiro, Sergio Buarque de Holanda (1902-1982), e por ter optado por um enredo sobre o passado do país, alguns acreditaram que "Leite Derramado" fosse fazer aproximações entre literatura e história.
A obra, porém, diz respeito mais à primeira do que à segunda. O próprio Chico deixou claro que partiu da ficção para a pesquisa de fatos, datas e acontecimentos, e não o contrário.
Timidez
Celebrizado por sua discrição e timidez como músico, Chico se mostra ainda mais contido como escritor. Recusa-se a conceder entrevistas, alegando dificuldades em explicar o livro além do que está dito em seu conteúdo. Quando está metido na literatura, trabalha em silêncio e praticamente isola-se para se manter totalmente concentrado, em seu apartamento, no Leblon.
"Leite Derramado" contribui para consolidar o Chico escritor. Sucede livros cuja vendagem vem crescendo. O primeiro, "Estorvo" (1991), vendeu 180 mil cópias; o segundo, "Benjamim" (1995), 85 mil; e o mais recente, "Budapeste" (2003), chegou a 275 mil.
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Marcadores: literatura