25 de julho de 2010

Estômago


O filme “Estômago” lançado em 2007 foi dirigido por Marcos Jorge. Trata-se de um filme impactante que retrata a dura vida do cidadão comum com ambição de uma vida melhor. Entre os problemas do cotidiano o filme mistura a relação entre poder, amor e sexo, tudo isso regado a bons dotes culinários. O filme mostra a saga de Raimundo Nonato (João Miguel) em duas faces. A vida atual, que se passa na cadeia, é intercalada com cenas de flash-back que remontam seu passado e explicam aos poucos o motivo pelo qual Nonato (conhecido como “Alecrim” no presídio) foi preso. Um filme forte com cenas que realmente exigem que o espectador tenha um bom estômago ainda aborda e abre discussão para aspectos e ambições sociais que muitas vezes são negligenciadas pela mídia e pelo mercado cinematográfico. O filme é surpreendente a cada passo em que a história vai se desenrolando e acaba com a cena mais impactante do filme. A sensação de inquietação ocorre durante todo o filme e deixa o clímax para a última cena onde o espectador precisa de um tempo para digerir a história antes de comentá-lo com outra pessoa.

É importante destacar que o filme foi uma adaptação de um conto de Lusa Silvestre chamado “Presos pelo estômago”, publicado em 2005 num livro intitulado “Pólvora, Gorgonzola & Alecrim”, juntamente com mais oito contos que envolvem o tema “comida”. E Lusa também é o roteirista e adaptador do conto para o filme. Vale a pela conferir o conto também!

Ramon Felipe Ronchi

21 de julho de 2010

OS NOIVOS

Trazendo novamente à tona um romance histórico, em post anterior falei sobre "Memórias de Adriano", é interessante ressaltar a obra mais conhecida do italiano Alexandre Manzoni, Os Noivos.

De acordo com Lukács (The Historical Novel), o romance histórico possui, principalmente, a eleição de um perído histórico representativo, que no caso de Os Noivos são os anos de 1629 a 1631 na região da Lombardia, Itália. Um dos grandes acontecimentos dessa época foi a peste que assolou a Europa, e que, inclusive, influencia no desenrolar do romance.

Além disso há peculiaridades ligadas aos personagens dos romances históricos. Os de destaque normalmente pertencem à uma classe baixa, que reflita as consequências que os acontecimentos históricos farão em suas vidas, e que aqui são representadas pelos camponeses Lúcia e Renzo. Os personagens de caráter histórico não tem muito enfoque dentro da trama, mas mantêm a sua grandeza de imagem e justamente configuram o romance como histórico.

Outras características comuns aos romances históricos se mostram em  Os Noivos, mas a história em si guarda inúmeras situações interessantes vividas pelo povo, como as dificuldades para se comunicar por conta do analfabetismo e o poder dos dominadores à época, grande exemplo é o problema central do livro - a realização de um casamento - que é causado pelo interesse de Dom Rodrigo em Lúcia.

Assim, para tirar suas próprias conclusões, e mesmo pela boa oportunidade de leitura, vale a pena prestigiar mais esse clássico.

19 de julho de 2010

Anima Mundi 2010

 

       O Anima Mundi 2010 acontece de 16 a 25 de julho de 2010  noRio de Janeiro (Centro Cultural Banco do Brasil, Casa França-Brasil, Centro Cultural Correios, Praça Animada, Odeon BR, Oi Futuro (Ipanema e Flamengo) e Arteplex) e de 28 de julho a 1 de agosto de 2010 em São Paulo, no Memorial da América Latina e no CCBB-SP.  Foram mais de 1500 inscrições e selecionaram 452 filmes, de lugares como França, Alemanha, Austrália, Israel, Polônia, Argentina, Taiwan, Letônia, Coréia do Sul, Finlândia, Rússia, Singapura e China, além da estreante República da Macedônia. O país com maior número de obras é o Brasil, com 108 títulos.

        No festival, enquanto crianças e adultos aprendem os primeiros passos de variadas técnicas de animação (stop-motion, desenho, pixilation, película) nas concorridas oficinas gratuitas, os animadores profissionais vão se reunir para a quinta edição do Anima Forum. Ao todo, serão quatro mesas de debate – entre 20 e 23 de julho, no Rio de Janeiro – com temas como séries para a televisão, o treinamento de animadores e a produção em 3D no Brasil.

         Os pioneiros e hoje tradicionais concursos online Anima Web e Anima Celular estão agora unificados em um só. O Anima Mundi Web & Cel tem duas categorias este ano: 'Tema geral' e '18 anos'. O artista escolhido para assinar o cartaz, a logo e toda a programação visual desta edição é o animador brasileiro Alê Abreu, presença constante no Anima Mundi, onde também lançou seu primeiro longa-metragem, 'O Garoto Cósmico', em 2007.

       A edição 2010 do Anima Mundi vai trazer ao Brasil Stephen Hillenburg, criador do personagem-fenômeno Bob Esponja, exibido em dezenas de países e responsável por movimentar milhões de dólares com direitos e licenciamentos mundo afora. Ele contará um pouco da história da animação – criada de forma despretensiosa por ele, um ex-professor de Biologia Marinha – e exibirá vídeos exclusivos do personagem.

       Além de apresentar um Papo Animado – onde mostrará parte de sua obra e responderá a perguntas dos fãs -, Hillenburg é também o convidado de honra do V Anima Forum.

 

Site Oficial: http://www.animamundi.com.br/

 

Kleber

14 de julho de 2010

ARTE DA GUERRA DO MAR

Fernando de Oliveira, possivelmente nascido em 1507, na vila de Aveiro, no bispado de Coimbra, publicou em 1555 um manuscrito intitulado Arte da Guerra do Mar. O padre, que fazia parte da ordem dos Dominicanos, demonstrou neste livro pioneirismo e incrível clareza com relação ao ofício da navegação. Além de Arte da Guerra do Mar, Fernando escreveu uma Gramática da Língua Portuguesa, em 1536 e o Livro da Fábrica das Naus, com data de publicação desconhecida.
Em seus escritos o autor defendeu a importância do comércio marítimo no fortalecimento do Estado Nacional Português pois, através deste seria possível a obtenção de lucro, grandeza e poder. Outra função de uma marinha bem preparada era a de defender (utilizando a força apenas se necessário) os interesses econômicos do país.
Para Oliveira, inspirado em Santo Agostinho, o objetivo da guerra era sempre o de promover a paz, através da punição dos contrários. Os justos tinham o direito divino de usar a força para castigar os pecadores. É possível perceber que a religião estava a serviço da ação militar do Estado. Religião e Estado não podem ser entendidos separadamente neste contexto.
Em determinadas idéias Fernando distinguiu-se da maioria de seus contemporâneos. Apesar de defender a guerra em nome da religião, o padre, que foi processado pelo Tribunal do Santo Ofício, dizia que não era legítimo empreender guerras contra infiéis que nunca foram cristãos e que nunca prejudicaram a cristandade. Dessa forma, o autor ao menos reconheceu, e de certa forma aceitou, a existência de outras religiões, desde que estas não interfirissem em seu meio.
Fernando também condenava a escravidão e a destruição dos contrários, o domínio deveria ser executado através de procedimentos éticos e legais. Tal forma de dominação não deixava de ser destrutiva e invasiva, tanto quanto as outras, porém diferia completamente quanto aos seus princípios e justificativas.

Amanda Cieslak

11 de julho de 2010

Celebrando Sganzerla

O diretor Rogério Sganzerla foi um dos grandes produtores, críticos e fomentadores do cinema brasileiro marginal. Dirigiu filmes emblemáticos neste segmento, como O Bandido da Luz Vermelha, Mulher de todos, Sem essa, aranha e o Signo do caos.

Porém, poucas pessoas sabem que Sganzerla foi crítico de cinema do jornal Folha de São Paulo, inclusive escrevendo sobre filmes durante quatro anos – sua carreira atrás das câmeras é posterior ao trabalho na redação do jornal. E também fundou a produtora Belair com o também diretor do cinema marginal Júlio Bressane. No breve tempo de existência a produtora produziu sete filmes – 3 de Sganzerla, 3 de Bressane e um curta-metragem.

Recentemente foi lançado o documentário Belair, dirigido por Noa Bressani e Bruno Safadi, que mostra entrevistas e imagens dos filmes rodados pela produtora naquele Brasil de 70. Como afirmam os próprios diretores: Sganzerla e Bressane estavam no auge da criatividade, e o Rio de Janeiro foi o cenário inspirador para deflagrar a pólvora que incendiou suas miríades de ideias. Pela primeira vez, a favela era filmada em cinemascope, colorida, quente, explosiva. Era um cinema agressivo, de afronta, imoral na forma e coerente nas idéias. A radicalização de princípios custou caro para os dois: com a ditadura militar batendo na porta, foi preciso abrir mão do Brasil e pular fora rumo ao velho continente.

Celebrando o diretor nesta semana próxima a editora da UFSC lança Edifício Rogério - uma caixa com dois volumes de críticas cinematográficas de Sganzerla. Certamente uma contribuição a um diretor que fez muito pelo cinema e a cultura nacional.



Bruno Scuissiatto







7 de julho de 2010

Gregório de Mattos





O Barroco é um estilo de arte que surgiu no começo do século VXII na Europa. A palavra “Barroco” significa “perola Imperfeita”, era um termo usado para expressar raciocínios confusos e idéias tortuosas. Na arte este termo foi usado para expressar os conflitos existentes em cada segmento: Literatura, arquitetura, música, etc.
Em termos estilísticos, a literatura barroca em linhas gerais praticou um culto exagerado à forma e ao virtuosismo no intuito de maravilhar o leitor, o que implicava o uso constante de figuras de linguagem e outros artifícios retóricos, como a metáfora, a elipse, a antítese, o paradoxo e a hipérbole, com grande atenção ao detalhe e à ornamentação como partes integrais do discurso. Também se popularizaram as literaturas vernaculares e aquelas centradas no cotidiano, cultivando temas naturalistas e de crítica social, como contrapartida ao idealismo cavaleiresco e nobilizante do Renascimento. A Literatura Barroca chegou ao Brasil em meados do Século XVII, muito antes da arquitetura e da música, os quais foram ter representatividade somente no século XIX. Na Literatura Brasileira, temos como principal representante o poeta Gregório de Mattos e Guerra, conhecido como “Boca do Inferno. A alcunha “Boca do Inferno” foi dada a Gregório por sua ousadia em criticar a Igreja Católica, muitas vezes ofendendo padres e freiras. Criticava também a "cidade da Bahia", ou seja, Salvador.



Em 2002 foi lançado um filme sobre a vida do poeta com o nome de “Gregório de Mattos”. Não é uma biografia fiel a vida de Gregório de Mattos, mas sim uma dramatização dos costumes do poetas e de acontecimentos da época que coincidem com seus poemas e suas temáticas. O Drama foi feito sob a direção de Ana Carolina Teixeira Soares, cineasta brasileira. Ana Carolina trouxe para as telas as sátiras do poeta e usou artifícios que identificassem a arte Barroca. Tomando como exemplo um poema presente no filme, foi feita a analise da relação Literatura/Cinema para identificar essas estratégias cinematográficas com base na literatura. Uma característica geral é a cor sépia. É um filme colorido, mas sem cor ao mesmo tempo, uma espécie de confusão visual que a diretora usou como estratégia para contextualizar o estilo barroco
O poema “O Burgo”. Que no filme situa-se de 01:55min. até 02:15min.

O Burgo

Meus males de quem procedem?
Não é de vós? claro é isso
Que eu não faço mal a nada
por ser terra e mato arisco.
Isto sois, minha Bahia,
Isto passa em vosso burgo


Analisando o poema de Gregório de Mattos, ele nega que seus costumes, subjugados pela sociedade e pela moral são sua culpa pessoal, mas sim produto do ambiente em que vive. Não é o poeta que causa o mal, mas a cidade que o faz assim. Gregório varia em ser o autor modelo e o autor empírico (conceitos narrativos de Umberto Eco).
No filme a cena que trás o poema ocorre como introdução do poeta (representado por Wally Salomão) ao filme. O poeta encontra-se no navio olhando a Bahia do oceano, e o poema é declamado com entonação lenta e explicativa, como se estivesse apresentado à cidade ao espectador. O Barroco está presente na filmagem que intercala as imagens entre o personagem e a cidade, balançando e mudando o foco conforme o barco se move pelas ondas, subindo e descendo. O poema começa no momento em que uma freira (Maria Gabriela) termina uma breve introdução sobre quem é Gregório de Mattos e acaba com pés de escravos acorrentados descendo uma viela. A freira apresentando Gregório é uma espécie de contradição ao poeta conhecido como “Boca do Inferno”. Já os pés do escravo identificam um fator importante do contexto da sociedade em que o filme se passa.
Todas essas estratégias presentes no filme permitem que o espectador tenha uma compreensão da arte barroca. A confusão dos cenários com o contexto e os poemas mais que picantes do poeta demonstram o ótimo trabalho que Ana Carolina realizou na execução desta obra. A interpretação de Wally Salomão nas declamações assim como dos outros atores nos dá uma idéia mais próxima da interpretação do poema. A versão cinematográfica dos poemas nos dá uma visão mais impactante do que se tinha somente com a leitura. A câmera com foco e movimentos desordenados e a “cor” sépia são o pontos principais das características barrocas desta obra.
Ramon Felipe Ronchi

4 de julho de 2010

Faces da Seca

"O sertanejo antes de tudo é um forte!"


Euclides da Cunha e seus sertões são assuntos já há muito tempo estudado, analisado, contrariado, mas com um consenso: não é ‘enquadrável’ a um gênero. Mas há muita discussão em torno dos seus limites literários e/ou históricos ou sobre seu ‘ensaísmo social’, como já disse Bosi (1936, p. 309).

O escritor é chamado de autor de uma única obra, cuja obra moveu águas estagnadas da belle époque e as tensões da vida nacional. A revolta de Canudos, do líder Antonio Conselheiro iniciada em novembro de 1896, teve duração de quase um ano e uma certa repercussão e conhecimento popular, mas não teria sido o mesmo sem a “saga sertaneja” (SIMON, 2009) de Euclides.

O ensaio deste escritor comprometido socialmente, humanamente e com a natureza teve duração de aproximadamente três anos (1898-1901) e aclamação do Instituto Histórico de Geográfico Brasileiro da época. O autor teve um esforço em colher o real e seriedade e boa-fé com a palavra.

Ora, a obra de arte literária possui critérios de julgamento e um deles é a ficção. Os sertões escapa deste critério, não totalmente, mas possui outras qualidades que fazem com que o estudemos ainda hoje dentro do quadro literário na universidade e na escola. Critérios este como a linguagem literária, bem destacada pela professora Maria Simon, que faz um estudo inteiramente sobre estas características (1). Simon diz que, depois de Euclides, os termos “sertões, sertanejo” passaram a ter um valor diferente no imaginário popular. Sua linguagem é uma mistura de terminologia científica, brasileirismos e palavras tidas como pertencentes à literária.

Outro aspecto muito relevante é a leitura de Euclides como um pessimista míope, “afeito apenas a narrar desgraças inevitáveis de homens e raças”, mas Bosi destaca que “quem julgou o assédio a Canudos um crime e o denunciou era, moralmente, um rebelde e um idealista que se recusava, porém, ao otimismo fácil” (1936, p. 311), diferente de dizer que seja incapaz de enxergar alguma esperança.

A obra pré modernista euclidiana se encaixa, sim, em um alto nível de cultura científica e histórica e, ainda, “o flagelo das secas propicia ao escritor os momentos ideais para pintar com palavras de areia, pedra e fogo o sentimento do inexorável” (BOSI, 1936, p. 310).

Mas as tentativas de classificação continuam: Afrânio Coutinho a classifica como uma obra de ficção entre romance e epopéia, já Guilherme Merquor diz se tratar de uma saga sertaneja e também um romance por usar linguagem literária. Há ingenuidade tamanha até para tratar Euclides como um ”simples copista”.

Mas porque não considerar a opinião do próprio autor sobre a relação entre literatura e ciência?


Sagrados pela ciência e sendo de algum modo, permita-me a expressão, os aristocratas da linguagem, nada justifica o sistemático desprezo que lhes votaram os homens de letras – sobretudo se considerarmos que o consorcio da ciência e da arte sob qualquer de seus aspectos é hoje a tendência mais elevada do pensamento humano. (...) Qualquer trabalho literário (do futuro) se distinguirá dos estritamente científicos, apenas, por uma síntese mais delicada, excluída apenas a aridez característica das análises e das experiências. (...) Eu estou convencido que a verdadeira impressão artística exige fundamentalmente a noção cientifica do caso que a desperta. (CUNHA, 1902)


Mas para a literatura o que se ressalta é o seu caráter literário
e artístico e é, portanto, antes de tudo uma obra de arte literária com uma indiscutível qualidade narrativa e um caráter inigualável.Pode ser visto como uma grande crônica, um diário de guerra, um tratado histórico, um ensaio antropológico-sociológico, uma peça literária e até como um discurso forense, mas é fundador de um movimento artístico chamado Os sertões.



1 - Características da Linguagem de Euclides da Cunha em “Os sertões”, por Maria Lucia Mexias Simon (USS/UVA)

3 de julho de 2010

PARTICIPAÇÃO EM CURSINHO PRÉ-VESTIBULAR

Domingo, dia 04 de julho, a professora doutora Rosana Apolonia Harmuch, coordenadora do projeto, participará do cursinho comunitário realizado em  Sâo Mateus do Sul.

A fala dela será sobre técnicas para uma boa redação e acontece às 14h no Colégio São Mateus. Novamente o projeto marcará presença nessa atividade da comunidade.

As incrições para os concursos de contos e curta-metragem continuam abertas! Participe!

Katrym

1 de julho de 2010

O Coração das Trevas

“… a maioria dos marujos leva, por assim dizer, uma vida sedentária. Eles sempre se sentem em 147_Bigcasa, pois sua casa sempre os acompanha – o navio; bem como seu país – o mar. Um navio é muito parecido com outro, e o mar é sempre o mesmo. Num ambiente imutável, os litorais estrangeiros, as fisionomias estrangeiras, a variada imensidão da vida – tudo passa imperceptível, velado não por um misterioso sentido, mas por uma ignorância levemente desdenhosa; pois não existe mistério para um homem do mar, a não ser o próprio mar, que é senhor de sua existência e inescrutável como o Destino. Quanto ao resto, nas suas horas de folga, uma caminhada casual, ou uma eventual bebedeira em terra bastam para revelar-lhe o segredo de todo um continente – e geralmente acha que o segredo não vale a pena ser conhecido. As histórias dos homens do mar têm uma simplicidade direta, cujo significado cabe inteiramente na casca de uma noz partida.”

        O trecho acima foi retirado do livro O Coração das Trevas de autoria do escritor Joseph Conrad. Nascido na Ucrânia em 1857, aos 17 anos entrou para marinha inglesa, onde recebeu o título de cidadão britânico.

        Conrad escreveu O coração das trevas em 1902, o livro conta a história de Marlow e seu encontro com o Mal nas densas florestas africanas. 
O enredo do Romance constitui-se da viagem de Marlow, que segue em um grande rio acima em busca de carregamento de marfim, mercadoria muito valiosas na época. Durante a viagem Marlow foi pouco a pouco conhecendo o muito entorno de um certo Kurtz, que seria um homem europeu que teria fundado um “estado próprio” erigindo o culto a si mesmo entre os nativos e a admiração e temor de todos na região. 
        A figura mítica de Kurtz ronda o imaginário de Marlow por toda a viagem até que este finalmente o encontra, chegando lá Marlow fico horrorizado com o que vê. Kurtz, completamente enlouquecido, tem entorno de si toda uma tribo de costuradores que está disposto a realizar as piores atrocidade em nome desse “deus vivo”.
       A mais famosa adaptação do livro seminal de Conrad é o filme Apocalypse Now de Francis Ford Coppola, que transferiu a história para o Vietnam e Camboja na época da Guerra do Vietnã.

 

Kleber