1 de julho de 2010

O Coração das Trevas

“… a maioria dos marujos leva, por assim dizer, uma vida sedentária. Eles sempre se sentem em 147_Bigcasa, pois sua casa sempre os acompanha – o navio; bem como seu país – o mar. Um navio é muito parecido com outro, e o mar é sempre o mesmo. Num ambiente imutável, os litorais estrangeiros, as fisionomias estrangeiras, a variada imensidão da vida – tudo passa imperceptível, velado não por um misterioso sentido, mas por uma ignorância levemente desdenhosa; pois não existe mistério para um homem do mar, a não ser o próprio mar, que é senhor de sua existência e inescrutável como o Destino. Quanto ao resto, nas suas horas de folga, uma caminhada casual, ou uma eventual bebedeira em terra bastam para revelar-lhe o segredo de todo um continente – e geralmente acha que o segredo não vale a pena ser conhecido. As histórias dos homens do mar têm uma simplicidade direta, cujo significado cabe inteiramente na casca de uma noz partida.”

        O trecho acima foi retirado do livro O Coração das Trevas de autoria do escritor Joseph Conrad. Nascido na Ucrânia em 1857, aos 17 anos entrou para marinha inglesa, onde recebeu o título de cidadão britânico.

        Conrad escreveu O coração das trevas em 1902, o livro conta a história de Marlow e seu encontro com o Mal nas densas florestas africanas. 
O enredo do Romance constitui-se da viagem de Marlow, que segue em um grande rio acima em busca de carregamento de marfim, mercadoria muito valiosas na época. Durante a viagem Marlow foi pouco a pouco conhecendo o muito entorno de um certo Kurtz, que seria um homem europeu que teria fundado um “estado próprio” erigindo o culto a si mesmo entre os nativos e a admiração e temor de todos na região. 
        A figura mítica de Kurtz ronda o imaginário de Marlow por toda a viagem até que este finalmente o encontra, chegando lá Marlow fico horrorizado com o que vê. Kurtz, completamente enlouquecido, tem entorno de si toda uma tribo de costuradores que está disposto a realizar as piores atrocidade em nome desse “deus vivo”.
       A mais famosa adaptação do livro seminal de Conrad é o filme Apocalypse Now de Francis Ford Coppola, que transferiu a história para o Vietnam e Camboja na época da Guerra do Vietnã.

 

Kleber

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