Inicia contando a história de um mercador de escravos, que após matar seu irmão que o havia o traído com sua amada resolve se unir aos jesuítas, como forma de redenção de seu pecado.
A ordem dos jesuítas já estava presente no Brasil desde o século XV, com a missão de evangelizar e catequizar o gentio. No filme, que se passa no século XVIII, os religiosos são retratados como heróis, homens bons que protegiam os índios e as missões do colonialismo espanhol e português.
O filme apesar de um tanto quanto cansativo e repetitivo, retrata bem o cenário e o cotidiano da época, mostra em algumas cenas as festas populares, mas comete alguns anacronismos como alguns jesuítas falando em democracia em tempos de monarquia, ou peca no vestuário das mulheres, exageradamente sofisticado para aquela época de Brasil colônia.
Quem assiste ao filme sem nenhuma outra referência toma os jesuítas como aqueles que vieram salvar os índios do terror da colonização e os levaram a uma vida santa através da fé cristã.
Apesar de realmente existir a crença de salvar os indígenas e objetivos em favor destes por parte dos jesuítas, o filme não mostra a relação de poder e interesses que abrange territórios, escravos e riquezas entre portugueses, espanhóis, jesuítas e índios.
Por muito tempo o filme não foi rodado nos Estados Unidos por ser considerado subversivo, talvez por mostrar a resistência indígena aos colonizadores.
Filmes nunca devem ser bases fiéis para pesquisas e análises historiográficas, pois este não é o objetivo de quem o produz, mas sempre são interessantes pois algumas referências podem ser retiradas, analisadas e discutidas.
Ficha Técnica:
Título original: The Mission.
Gênero: Drama.
Tempo de Duração: 125 minutos.
Ano de Lançamento:Inglaterra, 1986.