13 de dezembro de 2009

Refilmar o terror: novo filão do cinema

Os Pássaros de Alfred Hitchcock tem refilmagem prevista para 2011.




A ausência de grandes argumentos fílmicos dentro do gênero suspense/terror tem exercido nas últimas temporadas a refilmagem de produções emblemáticas de temporadas passadas no cinema.

O clássico "O Massacre da Serra Elétrica" (1974) de Tobe Hopper ganhou uma adaptação em 2003. Atualmente a Twisted Pictures, produtora do sequencial “Jogos Mortais”, que chegou ao seu sexto filme, está em processo de negociação com a Platinum Dunes, majoritária do filme “Sexta Feira 13” para aquisição da franquia. Outra refilmagem de um clássico do terror tem previsão de estréia para abril de 2010 – “A Hora do Pesadelo”, dirigido por Samuel Bayer. A mesma Dunes produtora da saga de Jason deverá refilmar brevemente o terror “O Bebê de Rosemary” de Roman Polanski que originalmente foi lançado no cinema em 1968.

Atualmente até mesmo o mestre do suspense o diretor inglês Alfred Hithcock (1899-1980), terá uma de suas maiores produções refilmadas. “Os Pássaros”, original de 1963 terá uma nova versão prevista para lançamento em 2011. A Universal detentora dos direitos do filme enfrenta problemas para a realização da refilmagem, pois Martin Campbell (007 Casino Royale) o nome mais cotado para a direção acabou abandonando a produção. Com George Clonney no papel de Mith Brenner o filme deverá ter uma das marcas mais comuns as refilmagens do terror /suspense dentro do cinema moderno: a dos atores com forte apelo publicitário dentro da indústria cinematográfica. Anteriormente outro clássico de Hitchcock teve seu remake levado ao cinema em 1998 pelo diretor Gus Van Sant – “Psicose” (1960). Aliás, a produção conseguiu faturar três prêmios no Framboesa de Ouro 1999 (festival que premia os piores filmes produzidos ao longo de um ano): pior filme, pior remake/sequência e pior atriz para Anne Heche.

Ao refilmar um clássico cinematográfico do passado muitas questões são exercidas dentro da dicotomia (original x remake), não são apenas os elementos técnicos, afinal para quem conhece a produção original a comparação é inevitável, sempre pendendo para o lado do filme “original”. A originalidade e a criação são fatores essenciais dentro da sétima arte – assim, as refilmagens começam com dois pontos de déficit neste cenário.





Bruno Scuissiatto

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