21 de setembro de 2010

Durval Discos – Tudo na vida tem um lado A e um lado B


“Quebra de expectativa”. Assim poderia resumir este filme!

Durval Discos é um filme brasileiro e foi produzido por Anna Muylaert em 2002. O filme retrata um época em que o CD está substituindo o disco de vinil, mas Durval(Ary França) continua a vender seus discos, acreditando que os amantes do velho vinil não deixaram sua paixão morrer. A mãe de Durval está velha, então eles decidem contratar uma empregada para fazer as tarefas domésticas, e claro, por um custo muito baixo. A única pessoa que aceita trabalhar para eles é Célia(Letícia Sabatella). Dois dias depois de começar a trabalhar Letícia some, deixando um bilhete dizendo que voltará em alguns dias, e pede para que Durval e sua mãe cuidem de sua filha, a Kiki, até ela voltar.
Durval se mostra um pouco revoltado, mas a mãe de Durval adora a idéia. Como se espera de qualquer filme de comédia romântica(que é o que o filme parece ser ate aqui) os dois se apaixonam pela menina e começam a se apegar a ela. O lado A da vida acaba aqui!
Uma notícia de telejornal os coloca a par da triste realidade sobre a menina Kiki e a tal Célia. Ocorre aqui a quebra de expectativa que determinará a beleza e criatividade do filme.
O que parecia ser uma comédia romântica dá lugar a um filme cheio de tramas policiais em um clima de agonia kafkiana. O espectador é envolvido por uma sucessão de fatos que se embolam e somam problemas sem solução. Um ótimo filme para se analisar a estrutura narrativa e o roteiro.


Ramon

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