24 de outubro de 2010

     

MADAME BOVARY

      O próximo encontro de estudos dos membros do Projeto Literatura e Cinema na Formação Humana será na segunda-feira dia 25/10, quando discutiremos o livro de Gustave Flaubert, Madame Bovary de 1856, e sua adaptação cinematográfica homônima do diretor Claude Chabrol, de 1991.

       O livro é considerado um dos grandes representantes do chamado realismo (me refiro a chamado por conta da polêmica em torno de tal conceito) representado por Flaubert, e nos apresenta uma trama onde Emma Bovary aparece entediada com a vida que leva, e para superar essa situação lê diversos romances, trai e, talvez consequentemente, passa a ter aversão pelo marido.

       As minuciosas descrições acerca dos locais habitados por Emma, como quando ela redecora a casa do viúvo, agora seu marido, Charles, ou mesmo das situações, como o vestido e a festa de seu casamento, aparecem como um dos motivos pelos quais se atribui ao livro o caráter realista. 

      De acordo com Ian Watt , em A Ascensão do Romance, essas descrições minuciosas poderiam funcionar como um modo de atenuar o individualismo da situação vivida pela personagem, o que, em suma, é o grande diferenciador do romance quando comparado com as narrativas anteriores a ele – que se focavam em tramas comuns.

     Assim, certamente, podemos apenas com essas breves observações acerca do realismo, criar uma boa proposta de debate acerca dessa obra. Discussão essa que contará ainda com a análise de uma adaptação cinematográfica do livro, suscitando as dúvidas acerca da transposição dessas situações tão bem apresentadas na obra literária para o cinema.

Katrym

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